Confira abaixo o vídeo de Gaga cantando o hino:
Discurso (tradução):
“Estou tão feliz e honrada por estar aqui hoje. Com vocês, pra vocês. Igual a todos vocês, estou aqui hoje para celebrar um marco na história, e sei que –houveram alguns comediantes antes de mim então vou ser mais séria. Queria agradecer a todos, da suprema corte aos líderes políticos e legisladores que nos apoiaram, que vos apoiaram. Dou os parabéns a vocês, como um símbolo, aqui. Hoje damos um novo significado a Rainha Pura.
Estou tão feliz por ter sido bem recebida por todos vocês, e pela comunidade LGBT, nessa família. Essa família, dos mais novos aos mais velhos, divide sua história comigo todos os dias. Ouço suas histórias e entendo como o movimento dos direitos civis é contínuos e corajoso. Os direitos civis nasceram como vocês, para sobreviver. Nossa evolução como cidadãos da comunidade LGBT continua mudando, e vemos que quanto mais podemos revelar e dividir nossas vidas com os outros, mais entramos nos corações, nas mentes de outros americanos.
A todos que se abriram para suas famílias, muito obrigada. A todos que se abriram para seus amigos e colegas de trabalho, mesmo que estivessem com medo. A todos que não tiveram medo de contar suas histórias. A mudança está acontecendo por sua causa. Os que foram corajosos para desafiar, cobrar, exigir e inspirar esse movimento. Um movimento que era inferior, e agora é visível, poderoso, organizado, pacifico e uma comunidade amorosa que exige igualdade total, proteção e segurança, tudo garantido a nós sob a lei. Não queremos nada mais do que outros americanos.
Estou aqui nesta noite por meus heróis, para honrar meus heróis. Por sorte tenho muitos para admirar, e muitos que estão presentes hoje. Estamos aqui hoje pelo ativismo e por nossos ícones; De Harvey Milk, Fran Kelly –que foi pioneira na liberação gay–, Hitman Brown, Susan B. Anthony, ao destaque desse final de semana, Edith Windsor. E claro, outro ícone marcante, Cher.
Quando eu era nova –ainda sou nova–, quando estava no ensino fundamental, era considerada antissocial, eu não conseguia encontrar meu lugar. Onde achei meu lugar?
Quando volto àquele tempo, lembro de me sentir cortada num molde diferente. Eu não era naturalmente magra como minhas colegas de classe, minha linhagem italiana está bem exposta no tamanho do meu nariz, e foi muito difícil cultivar qualquer tipo de amizade saudável, um senso saudável de mim mesma. Sentia que não tinha valor. E essa depressão, essa vergonha, me carregou até meus vinte e poucos anos, na minha carreira. E mesmo depois desse período perpétuo de crescimento, não encontrei a aceitação que achei que teria na escola. Teve um pequeno grupo que me aceitou, que me incluiu em sua mesa, que me ajudou quando eu pensei que não conseguiria, que me amou por quem eu era. Vocês.
E estar aqui hoje tem sido um sonho meu desde minhas primeiras experiências com a comunidade LGBT, quando eu era só uma garotinha nas aulas de dança.
Sempre tive uma relação estranha com Deus. Não sabia se Deus era real, ou não; ou o que ele queria dizer para a América, porque me sentia muito destruída, prejudicada pelas crianças do meu colégio, por problemas psicológicos, pelo meu corpo, por pessoas do mundo dos negócios que só me queriam por sexo e dinheiro, enquanto tentava me manter e seguir em frente. Então vocês, vocês me salvaram, meus amigos da comunidade LGBT me salvaram todas as vezes. E vi Deus, pela primeira vez, em todos vocês. Vocês foram mandados para mim como anjos, para me proteger e me salvar. Vocês entenderam minha necessidade de se esconder sob as perucas, óculos, glamour, roupas… a fantasia que me libertou, minha paixão por teatro, minha paixão por arte, meu trabalho todos os dias, porque posso estar com vocês. Vejo Deus todos os dias que estou com vocês. Minha paixão por liberdade nos conecta, é como um vão, e sou de vocês. E se vocês me tiverem… (povo gritando).
Queria agradecer meu heróis que estão aqui hoje. Meus amigos Frederic, que fez meu cabelo, e Brandon, que fez minhas roupas. Todas as conversas de madrugada e todas as lágrimas, nunca querendo nada de mim além de uma amizade profunda. Sua habilidade de curar uma fênix adoecida com toda sua magia, e me transformar em um cisne. Vocês são gênios nisso. E vocês são a razão por eu estar tão forte hoje, a força, a perseverança que sinto. Porque vocês nunca desistiram de si mesmos, então eu sabia que nunca poderia desistir de mim mesma.
Estou aqui pela juventude e seus direitos, uma figura visível para eles de qualquer forma que possa ser. Ajudando-os a ser o melhor que possam ser, sem limites em seu potencial, em seu futuro. Por essa razão comecei a Born This Way Foundation com minha mãe. Ela está aqui hoje, Cynthia. Por essa razão lancei o Born This Way, eu quis lembra o mundo, o mundo todo, e a relevância cultural, a importância dessa comunidade, não somos uma parcela, somos uma parte gigante da humanidade. Era hora de sermos populares.
Embora estejamos festejando, queria lembrar que a Parada do Orgulho Gay começou como um comício. Então repitam as últimas palavras de cada frase pra mim: Somos contínuos. Não vamos parar. Continuamos com o espírito da primeira reunião 1970 em Nova Iorque, um dia depois de Stonewall. E embora essa semana tenha sido se vitórias, sou uma cidadã de Nova Iorque, e eu exijo o direito de ruas seguras. A violência que tomou conta da comunidade nos últimos meses é inaceitável em qualquer lugar. Isso já basta!
Essa noite será nossa noite, e agora podemos casar com ela, se quisermos. Vencemos, é legal vencer. E antes de ir, quero agradecer –só um segundo, já estou terminando. Tenho algo bom para dizer a vocês, então escutem. Primeiro quero agradecer, meus amigos e fãs gays que sempre me disseram: ‘Eu conheci Gaga quando…’ (só conheci a Gaga depois que ela fez tal coisa). Bem, olha quem está em destaque agora. Agora posso dizer: ‘Conheci vocês quando…’ Conheci vocês quando vocês sofreram, quando vocês se sentiram desiguais, quando vocês sentiram que estavam sozinhos. Eu realmente conheci vocês agora.”
Lindo discurso que nossa Mother Monster fez #PawsUp
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